As entregas dos S-400 à Turquia começaram no dia 12 de julho e os aviões russos com componentes continuam chegando à base aérea turca de Murted.
A edição turca destacou a data simbólica do começo do fornecimento dos componentes, sendo que no dia 12 de julho de 1947 tinha sido assinado o acordo de assistência entre os EUA e Turquia.
"Se a data para o início do fornecimento dos sistemas S-400 não foi escolhida acidentalmente, mas sim de forma intencional e consciente, só resta dizer 'bravo' e tirar o chapéu perante esta decisão", destaca Haberturk.
A edição também sublinha que a decisão de aquisição dos sistemas de defesa antiaérea S-400 é comparável com a importância da adesão da Turquia ao Bloco Ocidental depois da Segunda Guerra Mundial.
"O fato de nós no fim das contas poderemos possuir estes sistemas de defesa antiaérea mais modernos do mundo é o resultado da firme determinação que nós mantivemos, tal como compete a um país importante, perante todas as tentativas exteriores para impedir que esta aquisição se realizasse, e que até incluíam ameaças", destaca o artigo.
A edição também fez notar que os sistemas de armamento da Turquia sempre se alteraram conforme as alianças das quais o país fazia parte. Assim, no início do século XX era a Alemanha quem fornecia armas à Turquia e depois da Segunda Guerra Mundial foram os EUA.
"Deste ponto de vista é muito importante que nós estejamos comprando os S-400 à Rússia. Mesmo que a questão da "mudança de bloco" não esteja sendo colocada, estes mísseis significam que nós estamos virando a cara para o outro lado, sublinha a edição turca.
A Turquia reiterou por várias vezes que não pretende cancelar o contrato de US$ 2,5 bilhões assinado com Moscou em dezembro de 2017.
Washington ameaçou muitas vezes com a introdução de sanções à Turquia, caso a compra dos sistemas se efetivasse (o que veio a acontecer), e ainda com a suspenção da entrega de caças norte-americanos F-35.