Moscou fez o movimento antes das eleições parlamentares ucranianas deste domingo, quando um partido amigo da Rússia pode se tornar o mais forte concorrente do popular Partido Servo do Povo, liderado pelo novo presidente Vladimir Zelensky, segundo pesquisas de opinião.
A nova ordem, publicada no site do Kremlin, emendou o decreto anterior de Putin, que tornou mais simples para os residentes da Ucrânia Oriental, controlada pelos separatistas, solicitarem passaportes russos.
De acordo com o novo documento, os moradores das regiões vizinhas controladas pelos governos de Donetsk e Luhansk também podem usar esse procedimento se estiverem registrados como permanentemente vivendo em abril de 2014, quando o conflito começou.
Cinco anos de guerra entre tropas ucranianas e forças apoiadas pela Rússia mataram 13 mil pessoas, apesar do cessar-fogo assinado em 2015. Zelensky disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para acabar com o conflito.
Putin já expandiu a lista de pessoas elegíveis para passaportes acelerados, acrescentando ucranianos que viviam na região da Crimeia antes do referendo de reunificação com a Rússia em 2014, e cidadãos do Iraque, Iêmen, Síria e Afeganistão que nasceram na Rússia durante a era soviética.