Anteriormente, o Ministério da Defesa turco declarou que Ancara e Washington concordaram em criar um centro de coordenação de operações conjuntas e a formação de uma "zona segura" no norte da Síria.
"A Síria rejeita categórica e flagrantemente o acordo [...] de estabelecimento de uma chamada zona segura", escreveu a agência estatal de notícias da Síria SANA, citando uma fonte anônima do Ministério das Relações Exteriores da Síria.
A fonte também argumentou que "os curdos sírios, que aceitaram se tornar uma ferramenta neste projeto agressivo dos EUA e Turquia, têm uma responsabilidade histórica a este respeito".
O Ministério das Relações Exteriores sírio também qualificou o acordo como "uma violação grosseira da soberania e integridade territorial da Síria", infringindo, assim, os princípios do direito internacional e a Carta da ONU. Segundo o ministério, o acordo representa "uma perigosa escalada e uma ameaça à paz e à estabilidade" na região.
Acordo turco-americano
A declaração surge depois que oficiais turcos e norte-americanos fecharam um acordo na quarta-feira (7) de estabelecimento de um "centro de operações conjuntas" destinado a criar uma zona segura no norte da Síria para lidar com as tensões entre Turquia e milícia curda apoiada pelos EUA.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por sua vez, saudou o acordo, dizendo que "era importante que um passo fosse dado a leste do Eufrates e isto está sendo feito com os americanos".
Anteriormente, Erdogan afirmou que havia notificado a Rússia e os EUA sobre seus planos de lançar uma operação na Síria, no leste do rio Eufrates, não dando mais detalhes dos próximos passos, nem ao menos a data de início da operação. O território no leste do rio Eufrates é atualmente controlado por forças de autodefesa, que incluem principalmente milícias lideradas por curdos.