"Em um telefonema com nosso presidente, o presidente norte-americano nos informou que os EUA estariam deixando a área. Vamos discutir a questão da coordenação após a saída. O acordo com os EUA sobre a criação de uma zona segura é um importantíssimo primeiro passo", afirmou Cavusoglu.
O chanceler turco acrescentou que Ancara não permitiria que Washington atrasasse a execução de uma zona segura em nenhuma circunstância, e mostrou aos norte-americanos estar pronta para agir. "Ou fazemos juntos, ou nós faremos por nós mesmos", acrescentou.
"Nossa decisão é criar uma zona segura para que não haja terroristas das forças de autodefesa curdas sírias e do Partido dos Trabalhadores do Curdistão. Mas não permitiremos que este acordo seja transformado no Roteiro para Manbij", observou Cavusoglu, referindo-se ao acordo de segurança turco-americano negociado no ano passado.
'Zona segura' de Ancara e Washington
Anteriormente, o Ministério da Defesa turco anunciou que Ancara e Washington tinham concordado em estabelecer um centro de coordenação para operações conjuntas para abertura de uma "zona segura" no norte da Síria, compreendida entre 30 e 40 quilômetros quadrados e controlada pela Turquia em coordenação com os Estados Unidos, com forças curdas sírias sendo forçadas a deixar a região e entregar as armas pesadas.
As autoridades sírias rejeitaram o acordo, qualificando-o como uma "perigosa" violação da soberania síria e lamentando que "os curdos sírios, que aceitaram se tornar um instrumento neste projeto agressivo dos EUA e da Turquia, tenham uma responsabilidade histórica a esse respeito". Damasco convocou a comunidade internacional a "condenar" este exemplo de "agressão flagrante" da Turquia e dos EUA.