O Fed anunciou nesta quarta-feira (18) a diminuição da taxa de juros pela segunda vez em 2019, reduzindo a taxa básica de juros de 1,75% a 2%. Já o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil também anunciou no fim da tarde de quarta-feira reduzir a taxa básica de juros de 6% para 5,5% ao ano.
O pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), Marcel Balassiano, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que esse cortes nas taxas de juros acontecem dentro de um processo de desaceleração econômica global, mas observou que esta desaceleração não é homogênea.
"Mas é bom frisar que essa desaceleração da economia global não é homogênea em todos os países. Por exemplo, os EUA estão numa situação econômica melhor que da Europa. O Banco Central ao reduzir a taxa básica de juros tenta estimular mais a economia, diminuindo o custo de vida, estimulando o consumo das pessoas e dando mais dinheiro para as empresas investirem", observou.
De acordo com ele, quando EUA cortam a sua taxa de juros, "os investidores procuram retornos mais altos de outros países, em especial dos emergentes".
"Então esse aumento da entrada de dólares no país pode fortalecer a nossa moeda local. Ou seja, isso pode vir a ser positivo para as economias emergentes, para o Brasil em especial", afirmou o pesquisador.
Marcel Balassiano destacou, no entanto, que um dos riscos para o Brasil é se for concretizada uma desaceleração econômica global.
"O Banco Central tinha dito que um dos riscos era a desaceleração do cenário externo para as economias emergentes. Ou seja, se o cenário de desaceleração global e a incerteza aumentar, isso pode prejudicar o Brasil", completou.