A Turquia assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear em 1980 e também assinou o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares de 1996, que proíbe todas as detonações nucleares para qualquer finalidade.
Erdogan sugeriu no passado que queria a mesma proteção para a Turquia que Israel, que analistas estrangeiros dizem possuir um arsenal nuclear considerável. Tel Aviv mantém uma política de ambiguidade em torno da questão nuclear, recusando-se a confirmar ou negar suas capacidades.
"A posição da energia nuclear deveria ser proibida para todos ou permitida para todos", declarou Erdogan à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Situação na Síria
Em seu discurso, Erdogan também pediu à comunidade internacional que ajude a garantir a paz e a segurança na cidade síria de Idlib, acrescentando que o estabelecimento de uma "zona segura" no norte da Síria salvará milhões de vidas.
A Turquia, que hospeda 3,6 milhões de refugiados sírios, controla partes do norte da Síria, onde afirma que 350 mil sírios já retornaram.
A Turquia planeja reassentar 1 milhão de refugiados no norte da Síria e alertou que poderá reabrir a rota de migrantes para a Europa se não receber apoio internacional adequado para o plano.
A Turquia ficou irritada com o apoio dos EUA às forças lideradas pelos curdos, que combateram o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) na Síria. Ele considera os combatentes curdos do YPG uma organização terrorista e os quer removidos de mais de 400 km de fronteira.
Aliados na OTAN, Turquia e Estados Unidos começaram patrulhas aéreas e terrestres ao longo de parte da faixa de fronteira, mas Ancara diz que Washington está se movendo muito devagar para estabelecer uma zona segura suficientemente grande para afastar as forças curdas sírias da fronteira.