Em 7 de agosto, após meses de tensões entre Ancara e Washington pela presença de militantes curdos no norte da Síria, os dois aliados da OTAN concordaram em criar uma zona segura ao leste do Eufrates assim como um corredor de paz. No entanto, detalhes técnicos impediram os dois países de implementar o acordo.
"Podemos esperar mais um dia. Se não conseguirmos um acordo [com os Estados Unidos], não teremos escolha. Vamos reassentar 2 milhões de refugiados sírios em uma zona de 30 quilômetros. Vamos seguir nosso próprio caminho e já demos alguns passos", disse Erdogan, durante a cerimônia de abertura da sessão de outono do parlamento turco.
O presidente acrescentou que os países estrangeiros tentam usar o fardo dos refugiados para deixar a Turquia de joelhos.
A Turquia considera as milícias curdas que operam no norte da Síria uma ameaça à sua segurança quer retirá-las da região.
Já os EUA têm apoiado tais grupos através de várias medidas, inclusive fornecendo armas, o que gerou tensões com a Turquia.
O governo sírio criticou o acordo de zona segura entre a Turquia e os EUA, chamando os dois países de ocupantes, já que eles agem na Síria sem a autorização de Damasco.