Putin: Rússia está ajudando China a criar sistema de alerta para ataques de mísseis

© Sputnik / Sergey Mamontov / Acessar o banco de imagensO presidente russo, Vladimir Putin, participa do Clube de Discussões Valdai, na cidade russa de Sochi
O presidente russo, Vladimir Putin, participa do Clube de Discussões Valdai, na cidade russa de Sochi - Sputnik Brasil
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O presidente russo, Vladimir Putin, participou nesta quinta-feira (3) do Clube Internacional de Discussões Valdai, no qual comentou o papel de Moscou no atual cenário internacional.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que Moscou está ajudando a China a criar um sistema de alerta de ataque com mísseis, que aumentará drasticamente a capacidade de defesa do país asiático.

"Continuaremos a trabalhar na esfera espacial, no campo da cooperação técnico-militar [...] Agora estamos ajudando nossos parceiros chineses a criar um sistema de aviso de ataque a mísseis. Isso é algo muito sério que aumentará fundamental e radicalmente a capacidade de defesa da República Popular da China, porque agora somente os Estados Unidos e a Rússia têm esse sistema", disse Putin.

De acordo com ele, é impossível restringir a China, e quem tentar fazer isso apenas se prejudicará.

"Com relação às tentativas de restringir a China: acho que por definição é impossível. E se alguém fizer essas tentativas, quem o fizer, entenderá que é impossível. E durante essas tentativas, é claro, se prejudicará", acrescentou Putin durante a sessão plenária do Clube Valdai em Sochi, na Rússia.

O presidente russo também criticou os EUA, afirmando que a questão da segurança internacional piorou por conta das ações norte-americanas no mundo.

"A situação não ficou melhor. Ela piorou por conta da retirada dos EUA do Tratado INF [Tratado de Foças Nucleares de Alcance Intermediário], isso é óbvio para todos. Agora, estamos aguardando a próxima decisão", disse Putin.

No dia 2 de agosto, o Tratado INF foi encerrado. No início do ano, Washington anunciou saída unilateral do acordo, acusando a Rússia de ter violado o acordo. Moscou nega todas as alegações. No início de julho, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou o decreto sobre a suspensão do acordo.

Na mesma moeda

Em agosto, os EUA disseram que iriam instalar assim que pudessem novos mísseis na Ásia, com objetivo de frear a influência chinesa na região. Putin afirmou nesta quinta-feira que a Rússia iria responder de forma simétrica. 

"Eu disse imediatamente que faríamos a mesma coisa. Mas disse antecipadamente que nós não vamos instalar mísseis - considerando que já temos mísseis terrestres de médio alcance - nessas regiões até os mísseis fabricados nos Estados Unidos serem transportados para lá. Falei isso cinco vezes. Ninguém reagiu, nem nos Estados Unidos e nem na Europa", disse o chefe do Kremlin.

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