O Ministério das Relações Exteriores do Irã emitiu comunicado, no qual expressa preocupação em relação a possível operação da Turquia em território sírio.
"A chancelaria iraniana acompanha de perto as notícias preocupantes sobre a possível entrada de forças da Turquia em território sírio e está convencida de que, caso a Turquia dê esse passo, não somente não resolverá as suas preocupações em relação à segurança, como também provocará um grande dano material e humanitário", declara o ministério em comunicado.
O ministério iraniano reforçou que Teerã rechaça qualquer operação militar na Síria e está disposto a auxiliar Ancara e Damasco a restabelecerem o contato, de maneira a dissiparem suas preocupações por meios pacíficos.
No dia 7 de outubro, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, deu garantias ao seu homólogo iraniano, Mohamad Yavad Zarif, de que as ações que seu país tenciona realizar no noroeste na Síria serão temporárias.
Yavad Zarif, por sua vez, retrucou que Teerã é contra qualquer ação militar e considera vital respeitar a integridade territorial síria. Ademais, o ministro iraniano declarou que é necessário restabelecer a estabilidade e a segurança no país árabe.
Em 5 de outubro, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou que poderia iniciar em breve operações militares no norte da Síria, a leste do rio Eufrates. O objetivo seria liberar a fronteira das forças curdo-sírias, além de criar uma zona de segurança para alojar os refugiados sírios atualmente vivendo em território turco.
No dia 7 de outubro, o Ministério da Defesa da Turquia comunicou que suas Forças Armadas estavam prontas para iniciar operações na Síria.
Enquanto isso, os EUA, aliados da Turquia na OTAN e, ao mesmo tempo, principais aliados das forças curdas no conflito sírio, afirmaram que não fariam parte desta operação e procederiam à retirada de suas tropas da região noroeste do país.