Nesta segunda-feira (7), Donald Trump utilizou a sua conta no Twitter para ameaçar "destruir e aniquilar" a economia da Turquia, caso os turcos façam algo que ultrapasse "os limites" na Síria. O presidente dos EUA afirmou que, agora, a Turquia, a Europa e "outros" devem "vigiar" os combatentes capturados do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e diversos outros países) e suas famílias.
O vice-presidente da Turquia declarou que "nossa mensagem para a comunidade internacional é clara: a Turquia não é um país que age sob ameaça. Vamos determinar nosso próprio caminho e cortar esse cordão umbilical quando julgarmos necessário. Nunca iremos permitir, custe o que custar, a formação de um corredor terrorista perto de nossas fronteiras".
"Nossa posição se manterá inalterada para garantir a tranquilidade nas nossas fronteiras e o futuro de nossos irmãos sírios, bem como em relação à integridade territorial síria e sua unidade política", declarou o vice-presidente em Ancara.
De acordo com ele, 370 mil refugiados já retornaram a suas casas na região nordeste da Síria, onde a Turquia realizou as operações militares Escudo do Eufrates, em 2017, e Ramo de Oliveira, em 2018.
"Agora é a vez de criar uma zona de segurança a leste do Eufrates. A Turquia irá "dar uma lição" aos terroristas que ameaçam o nosso país a partir da fronteira sul, e iremos possibilitar o retorno de refugiados sírios à sua terra natal", acrescentou o vice-presidente turco.
Anteriormente, Washington havia declarado que as Forças Armadas norte-americanas não participarão da operação militar turca no norte da Síria.
Após uma conversa telefônica entre os presidentes da Turquia e dos EUA, a Casa Branca emitiu uma declaração à imprensa, na qual informou que a Turquia se responsabilizará pelos combatentes do Daesh capturados nos últimos dois anos, após operações contra o grupo conduzidas pelos EUA.
O presidente da Turquia declarou há pouco que seu país poderia tomar a decisão acerca da operação no norte da Síria, a leste do rio Eufrates, nos próximos dias. Ele acrescentou que os objetivos da operação será liberar a fronteira das forças curdas, além de criar uma zona de segurança para alojar os refugiados sírios que atualmente se encontram em território turco.