"O foco da conversa foi a situação no nordeste da Síria após o início da operação militar turca. A chanceler falou em favor do fim imediato da operação militar. Não obstante os legítimos interesses de segurança turcos, eles ameaçam causar um grande deslocamento da população local, desestabilizar a região e reforçar o Estado Islâmico [Daesh, organização proibida na Rússia]", afirmou o governo alemão em comunicado.
Merkel e Erdogan conversaram neste domingo (13) e o diálogo também abordou a exploração de petróleo turco no Mediterrâneo, em território reivindicado pelo Chipre, país-membro da União Europeia.
A Alemanha citou a operação militar da Turquia na Síria como o motivo para a suspensão da venda de armas para Ancara.
Já Macron afirmou ter o "desejo comum" com Merkel de que a ação militar da Turquia seja suspensa. "Essa ofensiva corre o risco de criar uma situação humanitária insustentável e ajudar o Estado Islâmico a ressurgir na região", disse o presidente francês ao lado da chanceler alemã em coletiva de imprensa.
A Turquia lançou a ofensiva contra os curdos no nordeste da Síria na quarta-feira, após a retirada abrupta das forças dos Estados Unidos da região. As forças estadunidenses haviam apoiado os curdos em sua administração autônoma no nordeste da Síria, após operações conjuntas contra o Daesh.