Macron alertou, em um telefonema na noite desta segunda-feira, que a retirada das tropas e a subsequente ofensiva da Turquia contra os curdos na região aumentaram a ameaça de um ressurgimento do Daesh, informou o palácio presidencial.
O líder francês também conversou com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o colega iraquiano Barham Saleh, prosseguiu a presidência.
Paris e outras capitais europeias estão preocupadas com o fato de os membros do Daesh mantidos pelas autoridades curdas poderem escapar e aproveitar o caos na região para se reagruparem.
Segundo o gabinete de Macron, a conversa entre o presidente francês e Erdogan "sublinhou a profunda divergência de opiniões sobre as consequências esperadas da ofensiva turca no nordeste da Síria".
De acordo com um relato da conversa fornecida pelas autoridades turcas, Erdogan "explicou" a Macron "os objetivos da operação" e "chamou a atenção para a ameaça representada pelos grupos terroristas Daesh e YPG pela segurança da Turquia e pela integridade territorial da Síria".
A milícia das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) teve o apoio dos EUA em seus esforços para superar o Daesh e agora se sente isolada ao ser atacada pela Turquia.
A conversa entre Macron e o presidente iraquiano Saleh se concentrou "nos riscos humanitários e de segurança da situação atual" e também "nas medidas a serem tomadas no âmbito da coalizão internacional contra o Daesh".
Macron afirmou a Saleh que esperava ver "um fortalecimento da cooperação franco-iraquiana" neste contexto.