A administração autônoma dos territórios do nordeste da Síria anunciou oficialmente no domingo (13) a obtenção de um acordo com as autoridades sírias para posicionar tropas do Exército da Síria ao longo da toda a fronteira entre a Síria e a Turquia para ajudar a rechaçar os ataques do Exército turco e os agrupamentos pró-turcos.
O ex-porta-voz oficial das Unidades de Proteção Popular (YPG), Reizan Hedu, comentou a situação à Sputnik.
"[A operação] deve terminar. Se não terminar, isso vai significar uma agressão contra o Exército sírio. Neste caso, naturalmente, a Rússia e o Irã devem intervir, pois eles são considerados aliados da Síria", disse Hedu.
Segundo o político curdo, de acordo com a primeira fase dos compromissos atingidos o Exército deve entrar em Manbij, e seguidamente em Qamishli. Depois disso, no caso de haver o cumprimento de todas as condições da primeira etapa de entrada das tropas, o avanço do Exército continuará para as outras áreas antes controladas pelos grupos armados curdos.
"Estão sendo feitos esforços para acabar com o sofrimento dos curdos sírios e de todo o povo sírio, esforços para uma solução radical da situação no norte do país. Sua base deverá ser o Estado sírio e sua direção política e militar, é ele que deve dirigir a operação de combate à agressão", explicou Hedu.
Segundo o especialista, todos, inclusive a verdadeira oposição nacional, estão contra a operação da Turquia e contra o papel dos EUA na Síria e na região.
Hedu apelou ao comando dos grupos árabes e curdos das Forças Democráticas da Síria (FDS) para que sejam responsáveis pelas suas decisões e reconheçam como erradas as interações com os EUA, que levaram a que a situação no nordeste da Síria seja a que existe atualmente.
"Paguem por seus erros, corrijam sua conduta e conservem o que resta da honra do vosso povo", sublinhou Hedu.