"Se o regime sírio [tropas do governo] quiser entrar em Manbij, Kobane e Qamishli para fornecer proteção às Unidades de Proteção do Povo Curdo [YPG], isso será visto pela Turquia como a declaração de guerra e [Damasco] enfrentará uma resposta relevante”, afirmou Aktay.
No entanto, de acordo com ele, se o governo sírio fornecer à Turquia garantias de que as unidades curdas no operarão na área de fronteira, Ancara poderá mudar sua posição no avanço das tropas do governo sírio para a parte norte do país.
O conselheiro de Erdogan acrescentou que as tropas turcas e outras tropas estrangeiras deixariam a Síria após o estabelecimento de paz e segurança em todo o país.
"A Turquia não ocupa os territórios de ninguém", acrescentou Aktay.
No início desta semana, o cessar-fogo no norte da Síria foi anunciado pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, após horas de conversas com Erdogan em Ancara. Pence disse que os lados concordaram que um cessar-fogo de 120 horas que seria colocado em vigor no nordeste da Síria para permitir a retirada das forças curdas.
Operação Fonte de Paz
No dia 9 de outubro, Erdogan anunciou o início da operação Fonte de Paz no nordeste da Síria contra os curdos, que Ancara considera aliados do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é considerado pelo governo turco organização terrorista, e contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em muitos outros países).
O governo sírio de Bashar Assad condenou a política de ocupação da Turquia no nordeste da Síria. A Rússia afirmou que a Turquia deve evitar ações que possam dificultar a resolução do conflito sírio, presente no país árabe desde 2011.