A Turquia iniciou em 9 de outubro uma ofensiva no norte da Síria para combater milícias curdas na fronteira turca e estabelecer uma área segura no nordeste do país árabe para acomodar milhares de refugiados.
Em 17 de outubro, a Turquia e os EUA celebraram um cessar fogo na Síria por 120 horas para curdos sírios retirarem suas forças a 30 quilômetros da fronteira turca.
"As ações do exército turco fizeram com que oito campos de refugiados e 12 prisões para terroristas estrangeiros ficassem desprotegidos, o que pode causar uma onda de migração reversa de terroristas para seus países de origem", afirmou Shoigu.
Nesse contexto, o ministro instou a comunidade internacional a unir forças para "enfrentar os desafios colocados pelos terroristas, sua ideologia e propaganda".
"O Ministério da Defesa da Rússia tem uma enorme experiência nessa área, que estamos dispostos a compartilhar com nossos parceiros na região da Ásia-Pacífico", acrescentou a autoridade.
Shoigu também alertou para a crescente presença do grupo terrorista Daesh (proibida na Rússia e em vários outros países) no sudeste da Ásia, após sua derrota na Síria. Segundo o russo, Indonésia, Malásia, Cingapura, Filipinas e Tailândia estão na mira do movimento.
Embora apenas alguns anos atrás o terrorismo "não fosse considerado uma grande ameaça" para os países da Ásia-Pacífico, "hoje na região há a atividade de numerosos grupos extremistas, dos quais cerca de 60 são classificados como terroristas", acrescentou o político.