O presidente boliviano, Evo Morales, denunciou que seu país está sofrendo um processo de golpe de Estado, coordenado pela direita e com apoio internacional.
"Eu denuncio perante o povo boliviano e o mundo que está em processo um golpe de Estado que foi preparado pela direita com apoio internacional. Faço um apelo aos organismos internacionais para defender a democracia", afirmou o líder boliviano.
"Não vamos buscar o confronto, porém vamos defender a democracia", enfatizou.
Tuvimos una reunión muy productiva con observadores, delegaciones diplomáticas y de la Unión Europea y la OEA para escuchar y responder a sus preocupaciones. Les reiteramos la invitación a que fiscalicen todo el proceso de cómputo de votos, acta por acta, con todas las garantías. pic.twitter.com/a1md12HFpE
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) October 22, 2019
Anteriormente, o presidente convidou os observadores da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos a verificar "uma por uma as urnas de todo o país", depois de seu principal opositor, Carlos Mesa, ter denunciado fraude na contagem dos votos.
Segundo Morales, ele declarou o estado de emergência, embora sem definir seu alcance, ao mesmo tempo que apelou à sociedade para responder pacificamente, bem como convocou a comunidade internacional para defender a democracia boliviana.
"Entendo o desespero da direita boliviana que não quer reconhecer o triunfo do voto indígena, como nunca reconheceu no passado", afirmou Morales, confiando no resultado oficial das eleições e afirmando que venceria no primeiro turno, como de fato aconteceu.
Evo Morales venceu as eleições no primeiro turno com 46,86% dos votos, enquanto seu opositor, Carlos Mesa, obteve 36,74%.