Evo Morales declara estado de emergência na Bolívia

© REUTERS / Enzo De Luca/Cortesia da Presidência BolivianaPresidente boliviano, Evo Morales
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O governo boliviano convidou a UE e a OEA para verificar as urnas de todo o país depois das denúncias de fraude da oposição, que ele qualificou como "processo de um golpe de Estado".

O presidente boliviano, Evo Morales, denunciou que seu país está sofrendo um processo de golpe de Estado, coordenado pela direita e com apoio internacional.

"Eu denuncio perante o povo boliviano e o mundo que está em processo um golpe de Estado que foi preparado pela direita com apoio internacional. Faço um apelo aos organismos internacionais para defender a democracia", afirmou o líder boliviano.

"Não vamos buscar o confronto, porém vamos defender a democracia", enfatizou.

Anteriormente, o presidente convidou os observadores da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos a verificar "uma por uma as urnas de todo o país", depois de seu principal opositor, Carlos Mesa, ter denunciado fraude na contagem dos votos.

Segundo Morales, ele declarou o estado de emergência, embora sem definir seu alcance, ao mesmo tempo que apelou à sociedade para responder pacificamente, bem como convocou a comunidade internacional para defender a democracia boliviana.

"Entendo o desespero da direita boliviana que não quer reconhecer o triunfo do voto indígena, como nunca reconheceu no passado", afirmou Morales, confiando no resultado oficial das eleições e afirmando que venceria no primeiro turno, como de fato aconteceu.

Evo Morales venceu as eleições no primeiro turno com 46,86% dos votos, enquanto seu opositor, Carlos Mesa, obteve 36,74%.

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