No início do dia, a Índia formalmente dividiu o estado de Jammu e Caxemira em dois territórios separados - o território da união de Jammu e Caxemira e o território da união de Ladakh, parte da qual é reivindicada pela China. Em resposta, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que a medida era "ilegal" e Pequim se opôs firmemente.
"A China está bem ciente da posição consistente e clara da Índia sobre esse assunto. A questão da reorganização do antigo estado de Jammu e Caxemira nos Territórios da União de Jammu e Caxemira e Ladakh é um assunto inteiramente interno da Índia. Não esperamos que outros países, incluindo a China, para comentar sobre os assuntos internos da Índia", afirmou Kumar.
O porta-voz também disse que a China continuou a ocupar ilegalmente grande parte do território da Índia, em referência à disputada área fronteiriça de Aksai Chin na região autônoma da China, em Xinjiang.
"A China continua ocupando uma grande área nos territórios da União de Jammu e Caxemira e Ladakh", acusou Kumar.
Ele acrescentou que a Nova Déli também transmitiu a Pequim, em várias ocasiões, suas preocupações com o Corredor Econômico China-Paquistão, a iniciativa de US$ 60 bilhões do projeto Um Cinturão, Uma Rota da China, que visa a construção de projetos de infraestrutura em todos os territórios do Paquistão reivindicados pela Índia.
Kumar concluiu que a Índia e a China precisavam dialogar para encontrar uma solução mutuamente aceita para a disputa territorial.
"No que diz respeito à questão das fronteiras, Índia e China concordaram em buscar uma solução justa, razoável e mutuamente aceita para o problema por meio de consultas pacíficas com base nos parâmetros políticos e princípios orientadores", comentou Kumar.
O Parlamento indiano adotou a decisão sobre a divisão da região contestada em agosto, enquanto o governo revogou o status especial concedido ao estado. O movimento azedou as relações entre Índia e Paquistão, que também reivindicam o território, com Islamabad expulsando o embaixador indiano e interrompendo o comércio bilateral com Nova Déli.
Em setembro, China e Paquistão emitiram uma declaração conjunta no território disputado em que Pequim reafirmou seu apoio a Islamabad na questão da Caxemira e disse que se opunha a qualquer ação unilateral que pudesse complicar o status quo regional.