A medida foi tomada com apoio do Conselho da cidade de Dresden, leste da Alemanha, contra ideias consideradas de extrema-direita.
De acordo com Max Aschenbach, vereador pelo partido esquerdista satírico Die Partei, a "cidade tem um problema nazista", conforme publicou a Al-Jazeera.
As autoridades locais estão preocupadas com atos de discriminação por parte de locais contra refugiados, enquanto as tensões entre ambos os grupos crescem em meio a casos de crimes cometidos por refugiados.
Resolução
Embora ela não se caracterize como um estado de emergência tradicional, a medida seria uma forma de reação social em frente à "inércia das autoridades políticas".
Segundo os apoiadores da medida, a resolução, que recebeu a aprovação de 39 dos 68 vereadores de Dresden, combate o antissemitismo, racismo e a islamofobia na cidade.
"O 'estado de emergência' significa o colapso ou uma ameaça séria à ordem pública. Isso não é feito de maneira rudimentar. Além disso, o foco no 'extremismo de direita' não faz justiça ao que precisamos. Nós somos os guardiões da ordem básica democrática liberal e nenhuma violência, seja de que tipo de extremismo for, é compatível com isso", declarou Jan Donhauser, presidente do Grupo do Conselho de Dresden da CDU à BBC.
Movimento Pegida
Dresden é o berço do movimento anti-islâmico Pegida, o qual se opõe à presença de refugiados na Alemanha e à imigração de muçulmanos ao país.
O movimento seria fruto das insatisfações de cidadãos alemães com a grande presença de refugiados da Síria e outros países árabes.
Em 2015, o movimento atingiu o seu auge de força, reunindo 25 mil pessoas nas ruas de Dresden, conforme publicou a agência de notícias alemã Deutsche Welle.