A 11º Cúpula de Chefes de Estado contará com a presença de todos líderes dos países-membros. Além do anfitrião Jair Bolsonaro, comparecem o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
A agenda do BRICS é bastante intensa, uma vez que o bloco tem o seu próprio Banco de Desenvolvimento e iniciativas em áreas como comércio, ciência, educação e tecnologia.
Mas o turbulento contexto político atual deve ser incluído na agenda: crises na Bolívia e na Venezuela, protestos em Hong Kong e questão da Caxemira devem ser discutidos, com o objetivo de coordenar a posição do BRICS.
O tema da conferência será "Crescimento Econômico para um futuro inovador", portanto especial atenção será reservada a temas como o fortalecimento do comércio internacional e a governança multilateral da economia.
De acordo com o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, o bloco econômico deve conter a onda de unilateralismo e protecionismo comercial, portando-se como um bloco defensor dos países em desenvolvimento, em especial dos mercados emergentes, reportou a Xinhua.
O embaixador adjunto da Rússia em Nova Deli, Roman Babushkin, disse à Sputnik Internacional que há expectativa de avanço no projeto de moeda do BRICS. A moeda poderia ser utilizada nas transações comerciais intrabloco, o que daria mais autonomia para os seus países-membros.
Apesar de previsões de que a administração Bolsonaro reduzisse a importância do BRICS na política externa brasileira, o MRE tem demonstrado empenho no aprofundamento das relações com o grupo. O Itamaraty optou por não convidar membros de fora do BRICS para a cúpula, dizendo querer "concentrar esforços nos temas internos do bloco", reportou o portal G1.
Encontro bilateral entre Bolsonaro e Putin
De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro também deve se reunir bilateralmente com cada um dos líderes do BRICS.
De acordo com o assessor do presidente russo, Vladimir Putin, Yuri Ushakov, a conversa entre os presidentes deve ser mais aprofundada do que a do primeiro encontro entre os presidentes, realizado em Osaka, no Japão, em junho deste ano.
Para o assessor, dentre os temas da agenda "certamente [estarão] os problemas atuais e regionais, inclusive a situação na Bolívia".
A capital brasileira está sobre forte esquema de segurança para receber os líderes mundiais: 10 mil militares foram mobilizados para garantir a segurança do evento.