Segundo informações, as autoridades da Turquia deram instruções ao seu representante na OTAN para assumir uma posição firme durante os encontros e conversações privadas, exigindo que a Aliança Atlântica reconheça primeiro as forças de autodefesa curdas na Síria como grupos terroristas.
"Elas [as autoridades turcas] mantêm os europeus orientais como reféns, bloqueando a aprovação deste planejamento militar até obterem concessões", disse uma fonte diplomática à agência. Por outro lado, outra fonte afirmou que o comportamento da Turquia era "destrutivo" para a OTAN.
Em entrevista ao serviço russo da Radio Sputnik, o economista e cientista político Aleksandr Dudchak considera que nas circunstâncias atuais seria uma surpresa esperar outro tipo de comportamento de Ancara.
"A Turquia demonstra sua soberania e não participa da campanha antirrussa dos países da OTAN. Seria muito surpreendente se a Turquia tivesse apoiado os planos delirantes sobre proteção contra a "ameaça russa", quando o relacionamento do país com a Rússia está se desenvolvendo e um gasoduto de grande importância está sendo construído […] A OTAN está inventando todo o tipo de pretextos para justificar sua existência, aliás, este "grupo criminoso organizado" já deveria ter deixado de existir há muito tempo. Mas eles sempre inventam algo novo: ora é a Sérvia que os incomoda, ora inventam uma ameaça russa", opinou o cientista político.
Moscou tem repetidamente sublinhado que a Rússia nunca irá atacar qualquer um dos países da OTAN e, segundo o chanceler russo Sergei Lavrov, a aliança sabe isso muito bem, mas eles usam pretextos para aumentar sua presença perto das fronteiras russas.
Em julho de 2016, durante a cúpula da OTAN em Varsóvia (Polônia), foi tomada a decisão de implantar na Lituânia, Letônia, Estônia e Polônia um batalhão internacional da OTAN em cada um destes países.