A base aérea de Incirlik, na província de Adana, no sul da Turquia, é usada pela Força Aérea dos EUA. Os militares norte-americanos operam ainda uma estação de radar de alerta rápido de ataques de mísseis, que está localizada na base de Kurecik, na província de Malatya (no sudeste da Turquia) e faz parte do sistema de defesa de mísseis balísticos da OTAN na Europa.
"Se for necessário darmos esse passo, é claro que temos a autoridade [...] Se for necessário, juntamente com as nossas delegações, fecharemos Incirlik", disse Erdogan em transmissão ao canal A Haber.
A Turquia também pode fechar a base de radar de Kurecik se necessário, acrescentou o líder turco. "Se eles estão nos ameaçando com a aplicação dessas sanções, é claro que iremos retaliar."
Um porta-voz do Pentágono respondeu à declaração, afirmando que Washington está fazendo esforços para manter as relações com Ancara.
"Vemos o estatuto das nossas forças na Turquia como um símbolo do nosso compromisso de décadas de trabalhar e ajudar a defender o nosso aliado da OTAN e o parceiro estratégico da Turquia [...] A secretaria está trabalhando para manter este relacionamento, enquanto encoraja a Turquia a prosseguir uma política mais construtiva sobre os S-400, a Síria e outras questões onde há divergências", disse o porta-voz.
Transferências de S-400
Em 2019, a Rússia cumpriu um contrato para o fornecimento de quatro divisões de sistemas antiaéreos S-400 para a Turquia no valor de US$ 2,5 bilhões. O acordo também prevê uma opção para outro conjunto destas armas.
As entregas dos S-400 causaram uma crise nas relações da Turquia com os EUA.
Washington exigiu que o acordo fosse abandonado e que Ancara comprasse os complexos Patriot americanos, ameaçando atrasar ou mesmo cancelar a venda dos caças F-35 a Ancara, bem como impor sanções. A Turquia se recusou a fazer concessões.