"Reconheço a ação valiosa da Embaixadora María Teresa Mercado na Bolívia, que cumpriu plenamente a representação do México e sua causa em favor do asilo e da paz; sua coragem sempre será um sinal de orgulho e adesão à melhor tradição de política externa de nosso país", disse Marcelo Ebrard, ministro das Relações Exteriores do México.
O México ofereceu asilo ao ex-presidente Evo Morales após ele renunciar ao cargo em meio a protestos massivos e pressão dos militares.
Nesta segunda-feira, o México instruiu sua embaixadora a retornar ao país para "salvaguardar sua segurança e integridade". Antes, o governo da presidente boliviana interina, Jeanine Áñez, concedeu 72 horas para que diplomatas do México e da Espanha deixem o país.
A Bolívia disse que a decisão também alcança "o grupo de supostos diplomatas armados e encapuzados [espanhóis]", que tiveram um incidente com a polícia local na última sexta-feira ao tentar entrar na embaixada mexicana.
As expulsões foram anunciadas enquanto são completados 50 dias de permanência de membros do governo de Morales nas instalações diplomáticas do México. Os políticos ligados a Morales esperam um salvo conduto de Áñez.
O México denunciou o governo da Bolívia perante o Tribunal Internacional de Justiça, com sede em Haia, pelo que considera um cerco à sua embaixada e a residência oficial de sua diplomacia.
Na quinta-feira, a ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, disse que a decisão do governo mexicano de processar a Bolívia na Corte de Haia é uma "falácia legal".