No seu livro "Trump e seus generais: o preço do caos", o jornalista americano Peter Bergen contou uma conversa muito delicada entre o presidente dos EUA e os seus funcionários, no que seria uma de muitas conversas íntimas cujos detalhes foram obtidos a partir de dezenas de entrevistas com funcionários antigos e atuais da Casa Branca.
No dia 27 de janeiro de 2017, poucas semanas após vencer as eleições presidenciais, Trump teve sua primeira visita oficial de um líder estrangeiro, a primeira-ministra britânica Theresa May. De acordo com Bergen, May perguntou a Trump se ele tinha conversado com Putin e ele respondeu que não, escreve Business Insider.
Naquele momento Michael Flynn, que estava próximo do presidente dos EUA, se inclinou e disse que o presidente russo tinha ligado alguns dias atrás.
Trump, chateado com a resposta, criticou fortemente o ex-assessor de Segurança dos EUA.
"Você está brincando comigo? Vladimir Putin tentou ligar para mim e você não estabeleceu ligação? O que lhe passou pela cabeça?", disse Trump.
Por sua vez, Flynn se defendeu dizendo que ultimamente a Casa Branca recebia muitas chamadas e que eles tentavam gerenciar com quem o presidente falava.
O presidente dos EUA chamou a Putin "o único homem na face da Terra capaz de nos destruir", e após o incidente ele questionou a decisão do seu pessoal por não ter respondido à chamada.
Na semana passada, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) deteve duas pessoas que planejavam ataques terroristas em São Petersburgo. O presidente russo telefonou ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, para agradecer as informações fornecidas que teriam impedido a execução de atentados terroristas na Rússia.