As 176 pessoas que estavam a bordo do voo PS752 morreram no desastre, que aconteceu na madrugada de quarta-feira (8).
Segundo um oficial norte-americano citado pela agência Reuters, o governo dos Estados Unidos realizou uma extensiva análise de dados de satélite e concluiu, com alto grau de probabilidade, que mísseis antiaéreos iranianos teriam atingido a aeronave, que pertencia a uma companhia da Ucrânia.
De acordo com autoridades norte-americanas, os dados mostrariam que cerca de dois minutos após a decolagem, quando o avião estava no radar, seria possível identificar marcas de calor de dois mísseis terra-ar.
Depois disso, segundo os oficiais, teria ocorrido um explosão. Os dados mostrariam que a aeronave pegava fogo enquanto caía.
'Impossível', diz chefe da aviação civil iraniana
O chefe da Organização de Aviação Civil do Irã, Ali Abedzadeh, disse, segundo publicado pela agência ISNA, que era "impossível um míssil ter atingido o avião ucraniano".
A queda do avião ocorreu horas após o Irã lançar um ataque com mísseis contra duas bases no Iraque usadas por militares norte-americanos. A ação de Teerã foi uma resposta à operação com drone, ordenada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que matou o general Qassem Soleimani.
"Vários voos domésticos e internacionais estavam voando no espaço aéreo iraniano no mesmo momento e na mesma altitude. Por isso, a teoria de que um míssil derrubou o avião não pode ser correta", afirmou Abedzadeh.
Nesta quinta-feira (9), Trump também sugeriu que o desastre poderia ter sido provocado acidentalmente pelo Irã, e não ter sido causado por um problema mecânico.
Autoridades ucranianas, por sua vez, afirmaram que consideram todas as possibilidades para as causas da queda do Boeing, incluindo um míssil ter atingido o avião.