"Nossos passos para o fortalecimento da segurança nacional foram dados atempadamente e em volume suficiente. Pela primeira vez, quero sublinhar isso, pela primeira vez em toda a história da existência de mísseis nucleares, inclusive no período soviético e no período moderno, nós não tentamos alcançar ninguém, mas sim ao contrário – os outros principais Estados mundiais ainda terão que criar armas que a Rússia já tem", afirmou Vladimir Putin.
Ainda de acordo com o chefe de Estado, as capacidades defensivas da Rússia estão garantidas nas próximas décadas, ao passo que o país deve continuar a desenvolver a tecnologia militar.
Seguindo as palavras de Putin, o especialista militar Boris Rozhin destacou, em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik, que a liderança da Rússia na área dos armamentos é reconhecida no mundo e que cada vez mais países se interessam pelos produtos de defesa russos.
"O interesse por armamento russo cresceu após a bem-sucedida participação da Rússia na operação na Síria. Isso diz respeito, em particular, aos sistemas de defesa antiaérea. Observamos interesse até mesmo por parte daqueles países que antes não estavam no escopo de interesse da indústria de defesa russa – velhos clientes dos EUA se interessam agora pelo armamento russo", afirmou.
Como exemplo disso pode-se citar a aquisição por parte da Turquia do sistema de defesa antiaérea S-400 no ano passado.
Também a Índia expressou interesse pelo equipamento, apesar de ameaças de Washington.
Segundo lugar em vendas de armas
Ainda de acordo com Rozhin, a Rússia ultrapassa a passos largos outros tradicionais exportadores de armamentos no mundo.
"A Rússia hoje ocupa um estável segundo lugar na venda de armamentos, com boa vantagem sobre a China, o Reino Unido e outros países, o que indica uma posição bastante forte na venda de armas modernas", acrescentou Rozhin.