Para Saleh, a guerra civil na Líbia não irá acabar enquanto terroristas e grupos extremistas não forem completamente derrotados.
"A população líbia não irá ceder e aceitar que a Turquia ou qualquer outra potência internacional intervenha nos assuntos internos da Líbia [...] nossa guerra contra o terrorismo e contra o extremismo continua até que todos os grupos armados tenham sido expulsos e todo o território líbio tenha sido liberado", disse Saleh durante um encontro com líderes locais, reportou o portal Akhbar Libya.
Saleh retornou à Líbia após ter integrado a delegação do Exército Nacional Líbio liderado pelo marechal Khalifa Haftar, na conferência de paz de Moscou, em 13 de janeiro passado.
O porta-voz culpou o Governo do Acordo Nacional (GNA, na sigla em inglês), reconhecido pela ONU e liderado pelo primeiro-ministro Fayez al-Sarraj, pelo fracasso das negociações.
"Não foi a parte russa que falhou, mas sim o GNA e a Turquia, que não foram capazes de alcançar um acordo final", declarou Saleh.
O porta-voz ainda elogiou o papel do Egito e o seu presidente, Abdel Fattah Sisi, pelo empenho em encontrar uma solução pacífica para o conflito.
"O Egito e o povo egípcio adotaram uma postura construtiva e apoiam o lado legítimo do conflito sírio", disse Saleh.
A Líbia enfrenta um conflito civil entre o GNA e as forças do marechal Khalifa Haftar, que emergiram do vácuo de poder deixado pela intervenção da OTAN no país, em 2011.
As forças de Haftar controlam a maior parte do Leste da Líbia, enquanto o governo do GNA mantém o controle das regiões oeste, a partir de sua capital, Trípoli.
Neste domingo (19), representantes de ambos os lados do conflito estão reunidos em Berlim, na Alemanha, junto com líderes de 11 países. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, a chanceler alemã, Angela Merkel e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, serão alguns dos participantes da reunião, que deve dar continuidade ao diálogo iniciado em Moscou no passado dia 13.