Enquanto milhares de pessoas fazem cruzeiros com o intuito de ver o gelo antártico, a região tem registrado as maiores taxas de aquecimento no planeta.
Por outro lado, de acordo com cientistas, o glaciar antártico Thwaites, cuja área é semelhante à da ilha da Grã-Bretanha, tem sofrido rápido processo de derretimento, conforme publicou o Serviço Antártico Britânico (BAS, na sigla em inglês).
O derretimento acelerado poderá provocar o desprendimento total do glaciar, o que causaria o aumento do nível do mar em 65 centímetros.
Além de pôr em risco cidades litorâneas pelo mundo afora, o processo de derretimento da Antártica acelera a formação de icebergs, uma vez que grandes blocos de gelo estão se desprendendo da plataforma congelada.
Segundo o professor Klaus Dodds, especialista em geopolítica da Universidade de Londres, somente os capitães de navio mais experientes podem tentar navegar entre os campos de gelo para evitar uma catástrofe da proporção do naufrágio do Titanic.
Tendo experiência de navegação na Antártica, o especialista avisou sobre os riscos de navios de grande porte navegarem pela região.
"Você não pode fazer isso com navios maiores", declarou o especialista ao portal Sky News.
Também em caso de colisão, Dodds acredita que as chances de muitas perdas humanas são grandes.
"Se você tem um desastre na Antártica, isso tem todo, todo o potencial de se tornar um desastre de proporções inimagináveis", afirmou.
Titanic
Em abril de 1912, dias após ter partido do porto de Southampton, Reino Unido, em sua viagem inaugural, o navio de passageiros Titanic afundou após colisão com um iceberg no Atlântico Norte.
Como resultado, cerca de 1.500 pessoas morreram, em contraste com as 710 que sobreviveram.