Rover da sonda chinesa Yutu-2 explora superfície do lado oculto da Lua

© AP Photo / Ng Han GuanLua ao lado do logo da Corporação da Indústria de Aviação da China (Avic, na sigla em inglês), em Pequim
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O módulo Chang'e 4 aterrissou na superfície da cratera Von Kármán em 2 de janeiro de 2019, se tornando o primeiro a efetuar um pouso com sucesso no lado oculto da Lua.

O rover da sonda Yutu-2 (Coelho de jade 2) partiu do local de pouso do módulo Chang'e 4 horas depois da chegada à Lua. Há mais de um ano, os dois veículos movidos por energia solar são responsáveis pela medição da superfície lunar, fornecendo fantásticas vistas da superfície do lado oculto da Lua, revela a publicação Space.

Em um estudo, publicado nesta quarta-feira (26) no jornal Science Advances, pesquisadores do Chang'e 4 anunciam a estrutura da substância cinzenta presente nas rodas da sonda, recolhida durante as duas primeiras operações lunares.

Os pesquisadores identificaram três camadas distintas sob a camada da superfície da cratera Von Kármán. A primeira camada consiste em solo lunar relativamente uniforme, com a presença de grandes pedras. A segunda camada abriga material granulado. Enquanto o terceiro estrato não pode ser penetrado pelo radar de forma fiável, contendo faixas alternadas de finos materiais granulados e também pedras.

Estas informações indicam que "a estrutura interna da superfície da área de pouso é essencialmente formada por materiais granulados porosos embutidos com pedras de diferentes tamanhos", afirmam no estudo os pesquisadores, liderados por Chunlai Li, do Observatório Nacional Astronômico da Academia de Ciências da China, em Pequim.

Esta estrutura revela a história violenta da região. A equipe de pesquisadores acrescenta: "Considerando tamanha restrição geológica, a interpretação mais plausível é de que a sequência é feita por uma camada de regolito, que se sobrepõe a uma sequência de depósitos ejetados de várias crateras, progressivamente acumuladas após o recebimento de basalto no solo da cratera Von Kármán."

Originalmente, o módulo Chang'e 4 foi projetado para operar por doze meses e a sonda Yutu-2 – por três meses. Contudo, ambos excederam suas expectativas, ainda funcionando perfeitamente.

O módulo Chang'e 4 é parte de um ambicioso programa de exploração lunar robótica da China. A próxima missão, do módulo Chang'e 5, é prevista para ser lançada ainda neste ano.

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