Em sua conta no Telegram, a editora-chefe da Sputnik, Margarita Simonyan, disse:
"Há nove horas que não conseguimos entrar em contato com nossos funcionários em Ancara [Turquia] depois de eles terem recorrido à polícia com denúncias contra intimidadores nacionalistas que atacaram suas residências."
Sabe-se que o ataque contra o apartamento dos jornalistas em Ancara ocorreu ontem (29) entre as 22h30 e 23h00 (16h30 e 17h00 no horário de Brasília).
A identidade dos autores ainda não é conhecida, mas o incidente se deu logo após um protesto ter ocorrido perto do Consulado-Geral da Rússia em Ancara em meio ao agravamento da situação na Síria com os recentes embates entre militares turcos e o Exército sírio.
Além disso, as contas nas redes sociais da representação diplomática russa na Turquia também receberam ameaças contra entidades russas no país.
'Rússia dará resposta'
Por sua vez, o membro do comitê internacional do Conselho da Federação da Rússia, Oleg Morozov, disse que seu país dará uma resposta.
"A Turquia deve ela própria tomar medidas em relação a tais vândalos e os julgar segundo a lei. A piora das nossas relações [entre Turquia e Rússia] não é razão para se perseguir jornalistas. De qualquer forma, nós daremos nossa resposta", afirmou Morozov.
Por sua vez, o presidente do referido comitê, Konstantin Kosachev, declarou:
"É necessário exigir das autoridades turcas uma investigação rápida do incidente, a responsabilização dos culpados, assim como a tomada de medidas eficazes para garantir a segurança de todas as representações russas na Turquia e seus funcionários, independentemente de sua cidadania."