Mistério envolve descoberta de pedras preciosas em antiga casa de bispo na França (FOTOS)

© Foto / Pixabay / ponce_photographyPedras preciosas (imagem referencial)
Pedras preciosas (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Safiras, esmeraldas, rubis e até um diamante. Cerca de 60 pedras preciosas foram descobertas por um humilde pedreiro durante a demolição da lareira de uma antiga casa episcopal na Riviera francesa.

A notícia foi avançada pelo jornal francês Le Figaro que refere estarem as pedras, de 4.000 quilates, acondicionadas em caixas de charuto escondidas em um canto da lareira, sendo sua origem desconhecida.

O achado ocorreu durante a renovação de uma antiga casa episcopal, destinada a um hotel boutique de luxo.

O edifício, que albergava os párocos da comuna desde 1928, foi vendido em 2017 pelo bispado a Patric Huon, um promotor imobiliário belga, por oito milhões de euros.

Um mês após a descoberta das pedras preciosas em Saint-Tropez, o processo conhece nova reviravolta

O chefe de gabinete do bispo de Fréjus-Toulon, Yves-Marie Sévillia afirmou que "no bispado, sentimos surpresa, até mesmo espanto".

Mal descobriu o tesouro, o pedreiro apressou-se a declará-lo no posto policial mais próximo. O tesouro foi então avaliado.

A quem pertence o tesouro?

De acordo com o código civil francês, "se o tesouro for encontrado em propriedade alheia, metade dele pertence à pessoa que o descobriu e metade ao proprietário do local".

Como o bispado já não é o proprietário do edifício, não pode reclamar a sua posse, a menos que consiga estabelecer que as pedras pertenciam à Igreja.

O que se sabe e o que se desconhece ainda sobre a descoberta das pedras preciosas na antiga casa episcopal de Saint-Tropez

Sévillia lamenta que o bispado não possa "estar conduzindo uma investigação através de um investigador particular, mas não temos tempo nem meios para fazê-lo".

Por outro lado, associações locais questionam se não se tratará de um tesouro cultural. Se o tesouro for considerado de interesse histórico, o Estado poderia retê-lo por um período máximo de cinco anos para análise. O mistério do tesouro do presbitério pode nunca ser resolvido.

O pedreiro imigrante pode ter dificuldade em reclamar parte do achado. Para completar, o atual proprietário belga do edifício, bem como o empreiteiro das obras, reclamam a posse do tesouro, acusando o trabalhador de furto, informa o jornal Var-Matin.

O pedreiro, de seu nome Lakhdar Hidra, procurou um advogado para fazer valer os seus direitos.

Acontece que um diamante terá desaparecido durante a avaliação, o que teria motivado uma queixa do pedreiro na polícia.

Face à não aceitação da queixa, o pedreiro informou a mídia ter jogado com raiva as pedras no bueiro.

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