Cientistas lançam luz sobre mistério da origem da matéria escura que formou Universo

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Cientistas identificaram uma partícula subatômica que poderia ter formado a matéria escura no Universo durante a grande explosão Big Bang.

A matéria escura é uma forma invisível de matéria que compõe a maior parte da massa do Universo, criando uma estrutura na qual as galáxias são construídas, sendo a sua presença somente inferida pelos cientistas a partir de efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, como estrelas e planetas.

A matéria escura é composta por partículas que não absorvem, refletem ou emitem luz. Como se formou, continua sendo um mistério a ser desvendado.

Contudo, em um estudo pioneiro, publicado em 3 de março pela Universidade de York no Reino Unido, físicos nucleares deram um importante passo na solução do enigma ao identificar uma nova partícula, nomeada d-star hexaquark.

Condensado de Bose-Einstein

A partícula é composta por seis quarks, partículas constituintes da matéria que normalmente se combinam em trios para formar prótons e nêutrons.

A equipe de pesquisadores da Universidade de York determinou que pouco depois do Big Bang, muitos d-star hexaquark poderiam ter se agrupado à medida que o Universo esfriou e se expandiu para formar o quinto estado da matéria – o condensado de Bose-Einstein, formado por bósons e próximo do zero absoluto.

"A origem da matéria escura no Universo é uma das maiores questões a serem resolvidas da ciência. Nossos primeiros cálculos indicam que condensados de d-star hexaquark poderiam ter formado a matéria escura", escreveu o professor Daniel Watts, um dos autores do estudo.

O próximo passo, segundo Mikhail Bashkanov, do Departamento de Física da Universidade de York e coautor do estudo, consistirá "em estabelecer como as d-star hexaquark interagem, quando é que elas se atraem e quando é que se repelem umas das outras".

Para tal, os cientistas irão simular quarks em um núcleo atômico para aferir se suas propriedades são diferentes de quando estão no espaço livre.

Os pesquisadores nesta nova fase da investigação contarão com a colaboração de físicos nucleares alemães e norte-americanos para confirmar a hipótese adiantada e procurar d-star hexaquark no espaço.

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