A floresta, que existiu há 90 milhões anos, quando os dinossauros ainda habitavam a Terra, se desenvolveu em um período em que a temperatura do planeta era muito mais alta do que é hoje.
O clima da Terra mudou muitas vezes ao longo da história, com temperaturas globais aumentando e diminuindo drasticamente. Durante as eras glaciais, as camadas de gelo se estendiam em direção ao equador.
O pesquisador Johann Klages, do Instituto Alfred Wegener do Centro Helmheltz para Pesquisas Marinhas e Polares (Alemanha), disse à Newsweek que foi descoberto "um registro completo terrestre do solo da floresta antártica a 82 graus sul".
A equipe recolheu a amostra no oeste do continente. Os pesquisadores identificaram a seção, que um dia teria sido terra, por causa de sua cor distinta.
Ao escanear os sentimentos, foi verificado que o solo possuía uma densa rede de raízes fossilizadas. Elas estavam preservadas de uma forma que suas estruturas celulares poderiam ser analisadas. Klages afirma que o clima da época poderia ser comparável ao das atuais florestas tropicais temperadas do norte da ilha Sul, na Nova Zelândia.
As descobertas foram publicadas no jornal científico Nature, sugerindo que a os níveis atmosféricos de dióxido de carbono nessa época eram maiores do que se imaginava. A equipe de cientistas do instituto alemão afirma que as temperaturas na Antártica rondavam os 12°C na época, sendo superiores a 19°C durante o verão.
Klages comenta que a descoberta inédita possibilita a criação de novos modelos detalhados.