Descoberto nos anos 1970 pelo Observatório Espacial de Raios X Uhuru da NASA, o referido buraco negro se manteve sem atividade visível durante quase um quarto de século. Por essa razão, foi com surpresa que em 1º de abril, astrônomos do observatório espacial russo de raios X Spektr-RG (instalado na órbita da Terra) assistiram ao "despertar" do 4U 1755-338 - após este ter "mantido o silêncio" durante quase um quarto de século, soube a Sputnik do Instituto de Investigação Espacial da Academia de Ciências da Rússia.
Российский телескоп ART-XC обсерватории #СпектрРГ зарегистрировал яркий рентгеновский источник в области центра Галактики — https://t.co/XdGuNV3moc 💫
— РОСКОСМОС (@roscosmos) April 5, 2020
Им оказалась черная дыра 4U 1755-338. Скорее всего, телескоп ART-XC наблюдает начало новой вспышки от этой черной дыры 💥 pic.twitter.com/Fmqse74bGm
O telescópio russo ART-XC do observatório #SpectrRG registrou uma fonte brilhante de raios X no centro da galáxia
Se trata do buraco negro 4U 1755-338. Muito provavelmente, o telescópio ART-XC está observando o início de um novo flash a partir deste buraco negro
Os astrônomos, ao utilizar o telescópio ART-XC para detectar uma fonte de raios X perto do centro da Via Láctea, acabaram constatando se tratar do buraco negro 4U 1755-338 em plena atividade, que desde 1996 se mantinha "silencioso".
Os astrofísicos opinam que o fenômeno provavelmente está relacionado com o processo de acumulação ou atração de matéria de uma estrela próxima pelo buraco negro em questão.
Vale recordar que um buraco negro é uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão forte que nenhuma partícula, nem mesma a luz, pode escapar dele.