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Doria critica Bolsonaro e prorroga quarentena em São Paulo

© Folhapress / Futura Press / Renato S. CerqueiraO governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes em 2019.
O governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes em 2019. - Sputnik Brasil
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Nesta segunda-feira (6), o governador de São Paulo, João Doria, anunciou a extensão da quarentena por mais 15 dias no estado.

Sob quarentena desde o dia 24 de março, o estado estenderá o regime de isolamento social até o dia 22 de abril. A medida foi anunciada em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Críticas a Bolsonaro

O governador João Doria ressaltou que a medida da quarentena é defendida por cientistas e chefes de Estado no mundo inteiro. Em seguida, questionou opiniões contrárias às medidas restritivas.

"Será que todos eles estão errados? Será que a ciência está errada? Será que a Organização Mundial da Saúde está errada?", afirmou.

O governador ressaltou ainda que os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da Justiça, Sergio Moro, da Economia, Paulo Guedes, e o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, apoiam o isolamento social. Logo após, Doria citou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e indagou:

"Será que um único presidente da Republica no mundo é o certo?".

Bolsonaro tem sido o principal crítico, no Brasil, às medidas de isolamento social, apontando os efeitos negativos da quarentena sobre a economia. Devido a isso, o presidente os governadores que impuseram as medidas de restrição entraram em conflito. Doria tem sido um dos principais alvos das críticas do presidente brasileiro.

O governador também afirmou que a Polícia Militar irá atuar na dissipação de quaisquer aglomerações de pessoas no estado, apontando que o desrespeito à quarentena "não será admitido".

Apelo aos empresários: 'não demitam'

Durante a coletiva, o governador paulista ainda fez um apelo aos empresários de médio e grande porte para que não demitam seus funcionários durante o enfrentamento à pandemia.

"Por favor façam todo o possível para não demitir. Não demitam seus funcionários", disse o governador.

Doria pediu aos empresários que "exerçam sua responsabilidade social" e cobrou atitude humanitária dos gestores.

"Mais do que nunca seus funcionários e colaboradores esperam isso de vocês", acrescentou.

O governador também citou nominalmente diversas empresas que se comprometeram a não demitir funcionários ao longo da crise e que têm feito doações para combater os efeitos sobre a economia.

São Paulo é o estado mais atingido do país pela pandemia. Segundo a mais recente atualização, o estado de São Paulo registra hoje 275 mortes e 4.630 infectados pela COVID-19.

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