"Conversamos sobre armas. Sim, conversamos. Na verdade, essa foi uma parte muito importante da conversa", contou Trump em entrevista coletiva.
Em 12 de abril, os líderes e o rei da Arábia Saudita, Salman Bin Abdulaziz, mantiveram uma conversa por telefone depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus parceiros independentes chegaram a um novo acordo para o corte de petróleo.
Putin e Trump também falaram separadamente e discutiram a situação no mercado de petróleo e questões de segurança estratégica, informou o Kremlin. Em particular, os líderes falaram sobre China e México, disse o presidente dos EUA na conferência de imprensa.
"Eu diria que falamos principalmente sobre a China, sobre suas fronteiras. Falamos um pouco sobre nossas fronteiras, sobre a fronteira com o México porque o México desempenha um papel importante no acordo da OPEP +", prosseguiu Trump.
Ele ressaltou que para o México "não foi fácil" chegar ao novo acordo.
"Discutimos muitas coisas, mas especialmente o petróleo, como vocês podem imaginar", acrescentou o presidente.
Rússia dá outra versão para conversa
Nesta segunda-feira (13), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que os dois presidentes não falaram sobre o Tratado de Redução Estratégica de Armas (START).
Peskov também alertou que a intensificação dos contatos entre os dois presidentes nos últimos tempos não significa automaticamente uma melhoria nas relações bilaterais.
Após vários dias de árduas negociações, a OPEP e 10 produtores independentes (Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Rússia, Sudão e Sudão do Sul) aprovaram em 12 de abril, em uma reunião telemática, um plano para cortes de óleo.
O plano prevê ajustes de baixa que consistem em três etapas: 9,7 milhões de barris por dia (mb/d) entre 1º de maio e 30 de junho; a 7,7 mb/d entre 1º de julho e 31 de dezembro deste ano; e a 5,8 mb/d no período de 1º de janeiro de 2021 a 30 de abril de 2022.
Os membros da OPEP + farão esses cortes em comparação com a produção de outubro de 2018, com exceção da Arábia Saudita e da Rússia, que usarão o nível de 11,0 mb/d como referência.
Inicialmente, o contrato será válido até 30 de abril de 2022, mas a aliança pretende revisar a extensão em dezembro de 2021.
Em 6 de março, a OPEP e 10 produtores independentes encerraram seu acordo anterior sobre cortes de petróleo em vigor até 31 de março, ao não concordar com uma extensão da iniciativa que estava em vigor desde o início de 2017.
O colapso do pacto de petróleo, juntamente com a pandemia do novo coronavírus, diminuiu o preço do petróleo para valores mínimos que não são vistos desde o início dos anos 2000.