Os EUA deverão despender US$ 85 bilhões (R$ 445,1 bilhões) na criação e produção de um novo míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), a ser desenvolvido pela empresa norte-americana Northrop Grumman, relata o portal militar Voennoe Obozrenie.
O novo ICBM deve substituir o míssil Minuteman III, criado ainda na década de 1960. O desenvolvimento da arma terá um custo inicial de US$ 13 bilhões (R$ 68,1 bilhões) até 2025, mais US$ 7,3 bilhões (R$ 38,2 bilhões) para completar o ciclo de pesquisa.
Devido à atenção prioritária dada pelo Pentágono à modernização nuclear, o Exército dos EUA deve encomendar os novos ICBM começando já em 2026, gastando cerca de US$ 61 bilhões (R$ 319,5 bilhões) na sua compra.
Para além disso, Washington deve canalizar US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) para fabricar um novo míssil de cruzeiro de longo alcance, US$ 2,8 bilhões (R$ 14,7 bilhões) para continuar o programa de desenvolvimento do bombardeiro estratégico B-21, e US$ 4,2 bilhões (R$ 22 bilhões) para melhorar o sistema nacional de gerenciamento de armas nucleares.
Ao mesmo tempo, a concorrência da Rússia e da China pode obrigar o país a encurtar o prazo para a criação e adoção de um novo míssil balístico intercontinental.
A Northrop Grumman e a Boeing já tinham participado da licitação para o desenvolvimento do novo ICMB em 2017, mas a Boeing acabou por desistir da corrida. Segundo a publicação, os militares dos EUA pedem mais de US$ 17 bilhões (R$ 89 bilhões) para o novo ICBM já em 2021.
Anteriormente, Trump referiu a vontade de gastar mais de US$ 2 trilhões (R$ 10,5 trilhões) no reforço da defesa nacional.