Além disso, entidade afirmou que o governo deveria garantir os empregos dos trabalhadores da companhia.
"Defendemos que o governo brasileiro cumpra o seu papel em favor da nossa soberania e reestatize a Embraer para que, diante dos efeitos colaterais a serem provocados pela ruptura do acordo, agravados pelas consequências econômicas causadas pela pandemia do coronavírus, os empregos e direitos dos trabalhadores sejam preservados integralmente", diz a nota do sindicato.
Por meio de um comunicado oficial da empresa norte-americana divulgado hoje, a companhia afirmou que "exerceu seu direito de rescindir" o contrato devido à Embraer "não ter atendido as condições necessárias". O acordo previa que a data limite para a rescisão do contrato terminaria justamente no dia 24 de abril.
'Patrimônio nacional'
O sindicato ressaltou que sempre se colocou contra a venda da Embraer, que segundo a entidade é "um patrimônio nacional estratégico para o país e não precisa de aliança com parceiros internacionais para sobreviver".
Segundo o sindicato, a desistência foi uma "reviravolta em uma transação marcada pelo desprezo aos interesses nacionais e dos trabalhadores brasileiros".
A entidade disse ainda que o processo de venda teria custado à empresa R$ 485 milhões em 2019, "segundo demonstrativo financeiro da própria Embraer", e exigiu que o prejuízo fosse ressarcido pela Boeing.
Após a decisão da Boeing, a Embraer emitiu nota afirmando que a empresa norte-americana "rescindiu indevidamente o Acordo Global da Operação (MTA) e fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação e pagar à Embraer o preço de compra de U$ 4,2 bilhões [R$ 23,5 bilhões]".