Primeiro fóssil de sapo encontrado na Antártica tem 'parentes' no Chile

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Cientistas descobrem fóssil de sapo que teria vivido no continente gelado há 40 milhões de anos, quando a região teria outras condições climáticas.

Entre os fragmentos foram achadas partes do crânio e do quadril de um sapo, coletadas na ilha de Seymour, perto da península da Antártica.

Até então, cientistas haviam encontrado evidências de um grande anfíbio que viveu no continente gelado há 200 milhões de anos, publicou o portal Science News.

Espécie sul-americana

Ainda segundo paleontologistas, o fóssil seria um membro da família dos sapos Calyptocephalellidae, que hoje habitam a América do Sul.

Seus parentes modernos se concentram em lugares quentes e úmidos na porção chilena da cordilheira dos Andes.

Continente quente?

A descoberta levou os cientistas a crer que a Antártica um dia já foi quente e tinha condições propícias para o anfíbio.

Há milhões de anos, o continente estaria ainda unido com a América do Sul e Austrália, formando o supercontinente Gondwana, mas se separou totalmente de ambas há aproximadamente 34 milhões de anos.

"A questão agora é o quanto ela era fria, e o que estava vivendo no continente quando as camadas de gelo começaram a se formar", indagou o coautor do estudo sobre o achado, Thomas Mors, paleontologista do Museu Sueco de História Natural em Estocolmo.

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