A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) lançou uma nova investigação devido a uma série de falhas de controle de qualidade na produção, que inclusive teriam sido fatores contribuintes nos acidentes aéreos que mataram mais de 300 pessoas, segundo o jornal The Wall Street Journal, citando fontes familiarizadas aos detalhes.
Estas investigações englobam as falhas do controle de voo e outros problemas de segurança potencialmente significativos decorrentes de erros de produção do 737 MAX.
De acordo com o relatório sobre os acidentes envolvendo as aeronaves da Boeing, foram encontrados detritos nos tanques de combustível e em outras partes dos 737 MAX durante as inspeções em novembro de 2019.
Dentre os detritos, foram encontrados ferramentas, panos e outros materiais considerados sérias preocupações de segurança, principalmente quando encontrados nos tanques de combustível ou nos compartimentos e interiores das aeronaves.
Com isso, a FAA está considerando aplicar uma multa multimilionária, bem como elevar a supervisão no controle de qualidade da empresa norte-americana em meio à retomada da produção dos 737 MAX, que deve ocorrer nos próximos meses.
Nos primeiros resultados da inspeção das aeronaves divulgados em fevereiro pelo The Wall Street Journal, foram avaliadas aproximadamente 50 aeronaves, onde cerca de dois terços apresentaram detritos no tanque de combustível.
Neste sábado (25), a Boeing anunciou que abandonaria a fusão, que daria à companhia norte-americana 80% das ações do setor comercial da Embraer
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 28, 2020
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Nesta segunda-feira (26), a Boeing emitiu um comunicado afirmando que seus funcionários estão recebendo treinamento adicional, além de auditorias de prevenção de detritos, bem como verificações adicionais como parte dos procedimentos relacionados aos tanques de combustível.
A empresa norte-americana enfrentou duras críticas depois que os investigadores apontaram que erros no Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS, na sigla em inglês) poderiam ser um dos motivos que teriam causado o acidente da Ethiopian Airlines em março de 2019 e da Lion Air em 2018.
Após os acidentes, a Boeing confirmou que o MCAS teria sido ativado erroneamente, o que poderia ter contribuído para os acidentes.