"As quantias que forem necessárias estão autorizadas a ser destinadas ao Exército para compra de um sistema de defesa antimísseis S-400", indica a emenda.
A emenda também sugere que o dinheiro pago pela compra dos S-400 "não seja utilizado para adquirir equipamentos militares considerados pelos EUA incompatíveis com a OTAN".
Jim Risch, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano, introduziu uma emenda mais severa que faria o governo Trump impor sanções à Turquia sob a Lei de Combate aos Adversários da América por meio de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês), 30 dias após a aprovação da Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês).
"Acredito que comprar o S-400 da Turquia é a maneira mais inteligente de os EUA tirarem Erdogan da confusão em que ele se meteu. Queremos apenas tirar o sistema da Turquia [...] e, se isso permitir aos turcos participarem do programa F-35, então será melhor ainda", afirmou Jim Townsend, ex-oficial do Pentágono para políticas europeias e da OTAN, citado pelo portal Defense News.
A CAATSA estabelece que os países que comprem grandes equipamentos de defesa da Rússia sejam sancionados. É o caso da Turquia, que comprou o sistema S-400 de fabricação russa e foi ameaçada pelos EUA. Os norte-americanos expulsaram Ancara do programa F-35 para pressionar os turcos a desistirem do sistema russo S-400, o que não chegou a acontecer.
Os EUA alegam que os sistemas de defesa S-400 comprometem as operações dos caças F-35 e não são compatíveis com os padrões da OTAN, o que foi desmentido por Ancara.