Donald Trump ridicularizou a sugestão do antigo vice-presidente do governo Obama e principal candidato à presidente pelo Partido Democrata, Joe Biden, de não convidar Moscou para a cúpula do G7, após uma publicação do jornal New York Times sobre suposta existência de contatos entre a inteligência russa e o Talibã.
Funny to see Corrupt Joe Biden reading a statement on Russia, which was obviously written by his handlers. Russia ate his and Obama’s lunch during their time in office, so badly that Obama wanted them out of the then G-8. U.S. was weak on everything, but especially Russia!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 28, 2020
É engraçado ver o corrupto Joe Biden lendo uma declaração sobre a Rússia, que obviamente foi escrita por seus manipuladores. A Rússia comeu o almoço dele e de Obama durante seu tempo no cargo, tão mal que Obama os queria fora do então G8. Os EUA eram fracos em tudo, mas especialmente [com] a Rússia!
No final de maio, Trump convidou Rússia, Índia, Austrália e Coreia do Sul para a cúpula do G7 em setembro. Segundo o presidente norte-americano, o bom senso requer a presença da Rússia.
Dmitry Zhuravlyov, diretor-geral do Instituto de Problemas Regionais, localizado em Moscou, afirmou:
"Lembre-se de onde tudo começou. Do discurso [em 10 de fevereiro de 2007 do presidente russo Vladimir Putin na Conferência de Segurança em questões de política, que falava sobre a unipolaridade da política mundial moderna] em Munique, Alemanha."
"Assim que o país começa a dizer que tem seus próprios interesses, ele imediatamente contrasta com o sistema político internacional tradicional com o G8, o G7 à frente. Portanto, o problema não está em nós, mas no próprio sistema em que só se pode concordar com os EUA, ou se não concorda, você será excluído", comenta.
Na sexta-feira (26), o jornal New York Times afirmou que a inteligência militar russa ofereceu um bônus ao Talibã se atacasse as tropas norte-americanas no Afeganistão, sem apresentar evidências do caso.
O professor argentino Leandro Morgenfeld acredita que esta nova controvérsia "tem duas dimensões de leitura: uma geopolítica e uma eleitoral".
A primeira está relacionada à persistência da russofobia em grande parte do sistema de Washington e ao interesse em boicotar qualquer aproximação entre Trump e Putin, observa o especialista argentino.
"Além disso, esta situação prova que os Estados Unidos estão perdendo posições na Ásia, [e] estão emergindo os BRICS, outras lideranças. Isto implica uma incapacidade dos Estados Unidos de restabelecer o paraíso perdido, o domínio de outrora, algo que ressalta no jogo eleitoral", declarou Morgenfeld.