Será que Rússia foi excluída do G8 por 'vitórias na política externa', como diz Trump?

© REUTERS / Carlos BarriaPresidente dos EUA, Donald Trump, em Marinette, Wisconsin, EUA, 25 de junho de 2020.
Presidente dos EUA, Donald Trump, em Marinette, Wisconsin, EUA, 25 de junho de 2020. - Sputnik Brasil
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Segundo o presidente norte-americano, a administração de Obama foi tão incapaz com Moscou que os levou a querer excluir a Rússia do G8.

Donald Trump ridicularizou a sugestão do antigo vice-presidente do governo Obama e principal candidato à presidente pelo Partido Democrata, Joe Biden, de não convidar Moscou para a cúpula do G7, após uma publicação do jornal New York Times sobre suposta existência de contatos entre a inteligência russa e o Talibã.

É engraçado ver o corrupto Joe Biden lendo uma declaração sobre a Rússia, que obviamente foi escrita por seus manipuladores. A Rússia comeu o almoço dele e de Obama durante seu tempo no cargo, tão mal que Obama os queria fora do então G8. Os EUA eram fracos em tudo, mas especialmente [com] a Rússia!

No final de maio, Trump convidou Rússia, Índia, Austrália e Coreia do Sul para a cúpula do G7 em setembro. Segundo o presidente norte-americano, o bom senso requer a presença da Rússia.

Dmitry Zhuravlyov, diretor-geral do Instituto de Problemas Regionais, localizado em Moscou, afirmou:

"Lembre-se de onde tudo começou. Do discurso [em 10 de fevereiro de 2007 do presidente russo Vladimir Putin na Conferência de Segurança em questões de política, que falava sobre a unipolaridade da política mundial moderna] em Munique, Alemanha."

"Assim que o país começa a dizer que tem seus próprios interesses, ele imediatamente contrasta com o sistema político internacional tradicional com o G8, o G7 à frente. Portanto, o problema não está em nós, mas no próprio sistema em que só se pode concordar com os EUA, ou se não concorda, você será excluído", comenta.

Na sexta-feira (26), o jornal New York Times afirmou que a inteligência militar russa ofereceu um bônus ao Talibã se atacasse as tropas norte-americanas no Afeganistão, sem apresentar evidências do caso.

O professor argentino Leandro Morgenfeld acredita que esta nova controvérsia "tem duas dimensões de leitura: uma geopolítica e uma eleitoral".

A primeira está relacionada à persistência da russofobia em grande parte do sistema de Washington e ao interesse em boicotar qualquer aproximação entre Trump e Putin, observa o especialista argentino.

"Além disso, esta situação prova que os Estados Unidos estão perdendo posições na Ásia, [e] estão emergindo os BRICS, outras lideranças. Isto implica uma incapacidade dos Estados Unidos de restabelecer o paraíso perdido, o domínio de outrora, algo que ressalta no jogo eleitoral", declarou Morgenfeld.

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