Um estudante de veterinária, de 22 anos, foi picado por uma cobra em Brasília, Guará, na terça-feira (7) e internado em estado grave em um hospital particular do Gama.
Por fim, depois de um dia intenso nas polícias, autoridades ambientais e redações de Brasília, acharam a Naja. A sumida foi localizada pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), no início da noite, próximo a um shopping do DFhttps://t.co/sm3tOkiE5M pic.twitter.com/EGANoqSDHo
— Anderson Costolli (@Costolli) July 8, 2020
A cobra, do gênero naja, pertenceria ao jovem, que será multado por violar regras de mantimento de animais domésticos. A Polícia Civil do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) continuam investigando o caso.
"O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informa que acompanha o caso de uma cobra, supostamente do tipo naja, que picou um homem no Distrito Federal nessa terça-feira, 7. O criador, que está hospitalizado, não tem permissão para manter o animal em ambiente doméstico – a legislação permite apenas espécies não venenosas para esse fim."
A naja não é uma espécie nativa do Brasil, tornando "muito complexo fazer o diagnóstico e o tratamento adequado", segundo a infectologista Joana D'arc Gonçalves. A serpente é nativa da Ásia e da África, fazendo parte do grupo de cobras mais venenosas do mundo.
Para complicar (sim, mais), no Brasil só havia uma única dose de soro antiofídico. Claro, não há Najas aqui, logo... Pra quê? O Instituto Butantan enviou a amosta, Pedro foi medicado e passou por uma hemodiálise, visto que o veneno tende a afetar os rins https://t.co/DeAoOjnEMt
— Anderson Costolli (@Costolli) July 8, 2020
Um auditor fiscal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) relatou nesta quarta-feira (8) que não há registro de importação da serpente. Em declarações ao portal G1, a Polícia Civil não descarta que a cobra tenha chegado ao Distrito Federal por meio do tráfico de animais.
"Os fiscais ainda trabalham para encontrar a cobra, que somente poderia ser criada para fins comerciais, no caso de instituições farmacêuticas, ou com intuito de conservação, ou seja, quando o animal não pode voltar à natureza. Para isso, o responsável precisa ter autorização emitida por órgão ambiental estadual e seguir regras para a criação, como mantê-la em local apropriado."
O auditor do Instituto Brasília Ambiental disse que o homem mantinha uma página em uma rede social, com fotos e vídeos de algumas espécies de cobras. Mas, segundo o servidor público, "depois do ocorrido a página foi estranhamente apagada".
Assim que o réptil for encontrado, a Polícia Civil deve aplicar a multa, que pode variar entre R$ 500 e R$ 5 mil.