A identificação digital poderia representar 70% do tempo gasto por cada eleitor para votar, aumentado filas e aglomerações e o risco de contágio do novo coronavírus.
Além disso, o próprio aparelho de biometria pode aumentar a chance de infecção, pois não é possível higienizá-lo toda vez que é usado.
A expectativa é de que a determinação seja incluída nas resoluções referentes às eleições de 2020 e levada para votação do plenário do TSE, que retorna do recesso em agosto.
A tendência é de que todos os ministros sigam a orientação de Barroso. Sem a biometria, a identificação é feita por assinatura no caderno de votação. O TSE vai realizar campanha estimulando os cidadãos a levarem a própria caneta para as zonas eleitorais.
Milhões já tinham cadastrado biometria
Em razão da epidemia da COVID-19, as eleições foram adiadas: o primeiro turno será realizado em 15 de novembro, e o segundo turno, quando necessário, em 29 de novembro.
Ao longo dos últimos anos, o TSE vem promovendo o cadastro biométrico por todo país, sistema considerado mais seguro contra fraudes. Em 2020, 119,7 milhões estariam aptos a votar com a biometria.
Nos próximos dias, a Corte vai discutir outras medidas que podem ser adotadas para evitar a disseminação do coronavírus, entre elas aumentar o período em que os colégios eleitorais ficam abertos, o que poderia diminuir filas. O TSE desenvolverá uma cartilha com recomendações sanitárias para o dia da eleição.