"Em junho, os Estados Unidos iniciaram conversas com a Rússia sobre o acordo Novo START [Tratado de Redução de Armas Estratégicas]. Os Estados Unidos estão cautelosamente otimistas de que podemos chegar a um acordo com Moscou e a China sobre uma estratégia para controle de armas que busque limitar todas as armas nucleares de maneira verificável", disse O'Brien em artigo assinado no jornal The Washington Post.
O conselheiro recordou uma ligação realizada no dia 23 de julho entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e estadunidense, Donald Trump, quando o republicano reiterou seu desejo de evitar uma corrida armamentista entre Pequim, Moscou e Washington.
Na ocasião, Trump afirmou que estava ansioso por avançar em negociações para o controle de armas em Viena (Áustria), que devem acontecer neste mês de agosto.
Cooperação em contraterrorismo
Além disso, O'Brien disse que Washington está pronto para cooperar com Moscou em assuntos de contraterrorismo.
"Outra área de potencial cooperação com a Rússia é o contraterrorismo. Tanto Rússia como os Estados Unidos tiveram suas pátrias atacadas por extremistas violentos. Autoridades norte-americanos provavelmente vão se envolver com seus colegas russos de inteligência e segurança em tal assunto nos próximos meses", acrescentou O'Brien.
Em 22 de junho, Rússia e Estados Unidos iniciaram conversas em Viena para tentar salvar o Novo START, o último acordo em vigor entre os dois países para limitar as armas nucleares, que vence em fevereiro de 2021. A China, por sua vez, vem se negando a aceitar os convites para participar dos diálogos, frustrando a vontade dos EUA de promover negociações trilaterais.
Na sexta-feira (31), Trump, declarou que os EUA ficarão felizes em fechar o acordo sobre armas nucleares com a Rússia.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário EUA-Rússia (INF), que vetava mísseis lançados em terra com capacidade nuclear e com alcance entre 500 km e 5.500 km, terminou no ano passado, depois que os EUA se retiraram do acordo, argumentando temores de que o pacto minasse seus interesses de segurança nacional.