Em 4 de agosto, cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenadas no porto de Beirute explodiram, obliterando o principal centro comercial da cidade e espalhando mortes e destroços por quilômetros ao redor. A explosão, a mais destrutiva da conturbada história do Líbano, matou mais de 170 pessoas, feriu mais de seis mil e causou danos bilionários.
Entre as estruturas danificadas estão museus, edifícios históricos, galerias de arte e locais religiosos em Beirute, informa a agência de notícias Associated Press.
As áreas mais afetadas na capital foram os bairros históricos de Gemayzeh e Mar Mikhael, que ficam de frente para o porto e que eram conhecidos por sua vida noturna ativa, com muitos prédios antigos transformados em pubs ou restaurantes. Essas ruas ficaram repletas de destroços de edifícios e cobertas por vidros quebrados na sequência da explosão.
"A comunidade internacional enviou um forte sinal de apoio ao Líbano após esta tragédia", disse Ernesto Ottone R., diretor-geral assistente da UNESCO para a Cultura.
A declaração da UNESCO citou Sarkis Khoury, diretor-geral de antiguidades do Ministério da Cultura do Líbano, dizendo que pelo menos 8.000 edifícios, muitos concentrados em Gemayzeh e Mar Mikhael, foram afetados. Entre eles estão cerca de 640 edifícios históricos, cerca de 60 dos quais estão em risco de desabamento, disse ele.