O novo equipamento da Força Aérea Brasileira vai reforçar a segurança aérea na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia.
O jornalista Pedro Paulo Rezende, especialista em assuntos militares e em Relações Internacionais, disse à Sputnik Brasil que essa nova rede de radar é importante no combate ao narcotráfico na região Centro-Oeste.
"A região do Mato Grosso é muito usado como rota pelos narcotraficantes, inclusive naquela região a FAB concentra os seus maiores esforços em termos de interceptações de aviões civis. Por isso essa rede de radar é importante, porque realmente ela é muito utilizada pelos narcotraficantes que partem do Peru e da Bolívia, penetrando no Brasil", disse.
Com o objetivo de aprimorar o controle do espaço aéreo na fronteira do país, o Presidente da República @jairbolsonaro inaugurou hoje (18/08) o Sítio Radar de Corumbá/MS, um resultado da força conjunta do @JusticaGovBR e do @DefesaGovBr, sob responsabilidade operacional da #FAB. pic.twitter.com/IhAcVgsg6o
— Força Aérea Brasileira 🇧🇷 (@fab_oficial) August 18, 2020
O especialista explicou que as rotas do narcotráfico hoje partem da Colômbia, passam pelo Peru, Bolívia, chegam até o interior do Brasil, e do interior do Brasil seguem de caminhão até os portos de Santos, Rio de Janeiro, e alguns portos do Nordeste.
Ao comentar a utilidade dos novos radades, Pedro Paulo Rezende observou que o primeiro radar, o radar primário, verifica a distância do avião e a direção em que o avião vem.
"O radar secundário é um radar que determina a altitude, porque esses aviões normalmente entram em território brasileiro com o transponder desligado. Com o transponder você consegue precisar exatamente a rota do avião civil. Então esse radar é fundamental pra calcular a altitude do avião que está penetrando no território brasileiro ilegalmente", explicou.
Ele também destacou que há sistemas de radar espalhados por todo o Brasil, que participam do auxílio de navegação para aviação civil brasileira.
"Esses três radares não são exceção, eles também vão participar. Não é apenas uma questão de combater o narcotráfico e ampliar a defesa nacional, mas também de poder melhorar a qualidade do tráfego aéreo brasileiro.