Em declaração, o presidente Putin, comentando a situação na Bielorrússia, afirmou que Moscou exclui o uso da força.
Contudo, uma reserva de agentes de ordem pública russos já foi formada para emprego na Bielorrússia caso necessário.
Ainda assim, Putin disse que tais forças não serão usadas enquanto elementos extremistas na Bielorrússia não ultrapassarem certos limites, não iniciarem atos de violência.
"Aleksandr Grigorievich [referência ao presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko] me pediu para formar uma determinada reserva de funcionários de órgãos de segurança. Eu fiz isso. Mas nós acordamos que ela não será usada enquanto a situação no país não ficar descontrolada", afirmou Putin em entrevista ao canal Rossiya 1.
Enquanto isso, a situação no país estaria se estabilizando, segundo Putin.
"A meu ver, nós nos comportamos de forma mais moderada e neutra em relação aos acontecimentos na Bielorrússia do que muitos outros países, europeus e americanos", disse o presidente russo.
Protestos na Bielorrússia
Desde o último dia 9, a Bielorrússia tem vivenciado protestos contra seu presidente Aleksandr Lukashenko, em especial após a divulgação de dados preliminares da votação na eleição presencial realizada no referido dia.
Os resultados apontavam para considerável vantagem do presidente sobre os candidatos da oposição.
Nos dias seguintes, após o Comissão Eleitoral Central da Bielorrússia confirmar que Lukashenko acumulou 80,1% dos votos, os protestos continuaram, enquanto a líder oposicionista e ex-candidata a presidente Svetlana Tikhanovskaya demandava a troca de poder no país.