O governo turco ordenou que o navio Oruc Reis continue com a perfuração experimental e trabalhos sísmicos no Mediterrâneo Oriental, onde depósitos de gás e petróleo foram descobertos recentemente. A missão de pesquisa, originalmente programada para terminar nesta quinta-feira (27), foi estendida por mais alguns dias até 1º de setembro.
Em uma reviravolta separada, a Marinha da Turquia emitiu um aviso marítimo, conhecido como Navtex, avisando os navios que passavam sobre um exercício de fogo real que acontecerá perto de Iskenderun, a nordeste de Chipre.
Notavelmente, a Grécia lançou simulações rivais na costa sul da ilha, com a participação dos militares franceses e italianos.
Reagindo em resposta à aparente mensagem geopolítica, o Ministro da Defesa turco Hulusi Akar disse que seria "uma quimera" acreditar que "seria possível impedir as operações das Forças Armadas turcas com exercícios e atividades semelhantes".
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan emitiu uma declaração semelhante na quarta-feira (26), dizendo que Ancara não fará concessões sobre "a que tem direito" nos mares Mediterrâneo, Negro e Egeu.
Tanto a Grécia quanto a Turquia afirmam reivindicações sobrepostas em partes das águas do Mediterrâneo Oriental ao redor das ilhas de Creta e Chipre. Embora tenham aumentado as apostas na recente guerra de palavras, ambos os lados sinalizaram prontidão para o diálogo diplomático.