Anteriormente, o canal NHK relatou que Abe estava planejando deixar o cargo devido a questões de saúde.
O ex-chanceler Fumio Kishida disse estar pronto para ser seu sucessor, informa a agência Kyodo.
Na sexta-feira (28), as preocupações com sua saúde e a especulação sobre sua permanência no governo cresceram significativamente, após Abe ter realizado pelo menos duas visitas ao Hospital Universitário Keio na semana passada. Uma de suas visitas durou quase oito horas.
Os aliados do Partido Liberal Democrata (LDP), no governo, enfatizaram nesta semana que Abe continuaria como líder do governo até o final de mandato, em setembro de 2021. O principal porta-voz do governo, Yoshihide Suga, disse que se reunia com Abe duas vezes por dia, e que não notou nada que pudesse indicar que ele estava com problemas de saúde.
"É prematuro falar do 'pós-Abe', pois ele ainda tem mais de um ano de mandato", disse Suga nesta semana.
Na sexta-feira (28), a mídia japonesa citou fontes do governo dizendo que Abe consultaria novamente os médicos, possivelmente por telefone, antes de falar em uma coletiva de imprensa às 17h00, horário local (05h00, horário de Brasília).
Abe, que completa 66 anos no próximo mês, até agora pouco falou publicamente sobre suas visitas hospitalares, dizendo aos repórteres que tem procurado dar mais atenção à sua saúde e continuar seu trabalho.
O chefe do governo, que iniciou seu segundo mandato em 2012, é conhecido por sofrer de colite ulcerativa, uma condição crônica que teria sido em parte responsável por ter deixado prematuramente o cargo durante seu mandato anterior como premiê, entre 2006 e 2007. Quando entrou no segundo mandato, Shinzo Abe garantiu que poderia controlar eficazmente os sintomas graças a um novo medicamento, que não estava disponível antes.